Quando o Peugeot 208 foi lançado em 2020, a opinião aqui na redação era unânime: é um bom hatch, mesmo que ficasse devendo usar um motor mais moderno no lugar do 1.6 aspirado. Mas, , era muito caro, posicionando-se acima dos rivais no segmento. Era uma estratégia justificada por trazer uma bela lista de equipamentos.
Até que veio a fusão do Grupo PSA (dono de Citroën e Peugeot) com a Fiat-Chrysler e a Stellantis começou a operar. A nova fabricante logo trabalhou para mudar o posicionamento de todas as marcas do grupo e também de seus modelos. Foi assim que o Peugeot 208 começou a ganhar espaço no mercado brasileiro, reduzindo a linha do hatch para ter menos versões, segurando o aumento de preços o máximo que podia e se aproximando dos clientes corporativos.
Resolvido o problema do preço, o pequeno Peugeot começa a conquistar os clientes. Seu design é muito bem resolvido e, mesmo um ano depois, ainda atrai os olhares de algumas pessoas pelas ruas, principalmente nesta versão, por contar com a iluminação diurna em LED na vertical, em um estilo que lembra as presas de um leão. Escolha uma cor mais atraente como o azul Quasar e o carro irá se destacar no meio dos cinzas, pratas e brancos.
A cabine também agrada bastante. Suas linhas são sóbrias mas sem ficarem sem graça, trazendo um material texturizado no painel e em parte das portas, além da linha em preto brilhante que percorre toda a parte frontal. É minimalista, reduzindo a quantidade de botões para uma pequena fileira abaixo das saídas de ar, imitando teclas de piano. Isto gera um problema, pois o controle do ar-condicionado acabou integrado à central multimídia, algo um pouco irritante em alguns momentos e que é menos intuitivo do que usar botões dedicados.
Aposta em duas telas internas. Uma é de 7” para a multimídia, no estilo “flutuante” que é usado por outros carros da marca. O sistema não é ruim, respondendo bem e com um visual agradável. Porém, está devendo receber uma atualização para contar com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
O segundo display é usado para o painel de instrumentos, com um efeito 3D criado pelo uso de duas telas TFT, uma sobre a outra, usando a combinação das imagens para criar uma projeção de aproximadamente 15 mm entre elas. É um efeito interessante e o estilo usado é um dos melhores do segmento.
Neste momento, o Peugeot 208 Griffe é uma boa escolha entre as versões topo de linha dos hatches. Seu preço está na faixa da maioria dos carros deste segmento. E, com a política agressiva de vendas da Stellantis, é bem capaz que encontre o compacto com algumas condições especiais, talvez até um desconto.
Fonte: Motor1